- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
- Janela do meu quarto!
Janela do meu quarto!
Tenho quarenta janelas,
nas paredes do meu quarto,
sem vidros nem bambinelas,
posso ver através delas,
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas,
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea,
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,
que inunda de canto a canto.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar,
com tanta janela aberta,
falta-me a luz e o ar.
ANTÓNIO GEDEÃO
Photo by © Paulo MeirelesLocal "Uma janela"